O recurso crescente a argumentos científicos e técnicos na consolidação e legitimação de decisões no âmbito da prática política tem colocado um novo desafio à sociedade que afeta diretamente o campo da produção do conhecimento e o da elaboração de políticas públicas, qual seja, a necessidade de se criar mecanismos que facilitem e agilizem a comunicação entre a produção do conhecimento e os tomadores de decisão na esfera pública. A rapidez com que consensos científicos são refeitos com base em uma produção de conhecimento cada vez mais vasta e complexa acrescenta enormes dificuldades a essa comunicação. Como dar conta da amplitude e diversidade dessa produção, incluindo os saberes da população local e, ao mesmo tempo, como torná-la acessível aos tomadores de decisão sobre leis e medidas que afetam diretamente a sociedade? Como estreitar os mecanismos de comunicação entre uma esfera e outra de maneira a oferecer um leque, o mais amplo possível, de alternativas sustentadas em conhecimentos consolidados e devidamente demonstrados? Quais são os conhecimentos mobilizados pelos gestores de políticas públicas (ou tomadores de decisão) e quais os caminhos de acesso a tais fontes? Até que ponto a maneira como a validação empírica dos conhecimentos mobilizados na ação (política) é efetivamente explicitada, avaliada e levada em conta pelos formuladores de políticas públicas?

     Essas são algumas das questões que mobilizam os pesquisadores deste grupo a investigar as relações entre o homem e a natureza, em uma abordagem multidiciplinar.

 
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