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Diversidade e distribuição de coccídios de aves silvestres da Ilha da Marambaia: Identificação de novas espécies, genótipos, hospedeiros, localidades e pseudoparasitismo [download]
Autor: Lucas de Assis Silva Andrade
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Co-orientador: Prof. Ildemar Ferreira
Curso: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal (PPGBA)/Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Nível: Doutorado
Ano: 2023
Resumo: A Mata Atlântica é um dos biomas prioritários do mundo para ser restaurado. Aproximadamente 70% da população brasileira depende dos serviços ecossistêmicos desse bioma, porém, ele encontra-se em alto grau de ameaça. A Ilha da Marambaia é uma área conservada deste bioma, situada no litoral da Costa Verde, ao sul do Estado do Rio de Janeiro. O conhecimento da ecologia das aves silvestres é de extrema importância para conservação da Mata Atlântica e, por conseguinte, da Ilha da Marambaia. Aves de vida livre coexistem com inúmeros parasitas em ambientes conservados, porém tendem a sofrer com parasitoses, principalmente a coccidiose, quando em ambientes impactados. A coccidiose é uma doença causada por cromistas coccídios, os quais formam um grupo taxonômico diversificado e complexo. A ordem Passeriformes é majoritariamente parasitada por coccídios dos gêneros Isospora e Eimeria, os quais pertencem a família Eimeriidae. Neste contexto, o presente estudo teve por objetivo identificar (de forma morfológica e molecular) e quantificar coccídios parasitas de aves silvestres de diferentes espécies, famílias e localidades dentro e nas adjacências da Ilha da Marambaia. Neste sentido, esta tese apresenta uma revisão da literatura científica nos temas de ecologia e taxonomia de coccídios de aves silvestres, e nos capítulos I, II e III, abordamos identificações morfológicas e moleculares de coccídios de aves silvestres capturadas dentro e nas adjacências da Ilha da Marambaia, incluindo uma nova espécie nomeada como Isospora juruviarae Andrade & Berto, 2023. Finalmente, o capítulo IV abrange o levantamento e monitoramento das identificações e densidades dos coccídios nas diferentes ordem e famílias de aves silvestres capturadas dentro e nas adjacências da Ilha da Marambaia no período de 2019 até 2023.

Identificação de coccídios de aves silvestres: Aplicabilidade de algumas regiões gênicas mitocondriais na diferenciação de espécies e análise filogenética [download]
Autor: Ericson Ramos de Mello
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Co-orientadora: Profa. Viviane Moreira de Lima
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias (PPGCV)/UFRRJ
Nível: Doutorado
Ano: 2023
Resumo: Os coccídios são protozoários intracelulares obrigatórios que infectam a maioria dos invertebrados, todas as classes dos vertebrados, incluindo os animais domésticos, silvestres e seres humanos. Apresentam ciclos de vida intestinais, embora sejam observados, em algumas espécies, estágios de vida extra-intestinais. São geralmente identificados a partir de amostras fecais. O Brasil apresenta uma diversa avifauna representada atualmente por 1.971 espécies de diferentes ordens, dentre as quais destacam-se os Passeriformes, ordem mais representativa que é frequentemente positiva para diferentes espécies de coccídios parasitas, principalmente dos gêneros Isospora Schneider, 1881 e Eimeria Schneider, 1875. O estudo das interações entre esses parasitos e hospedeiros nos permite entender diversos processos ecológicos, evolutivos e comportamentais, incluindo seleção sexual, sucesso reprodutivo, migração, competitividade, dentre outras. Atualmente, existem diversas técnicas e metodologias que podem ser aplicadas para identificação de uma espécie coccidiana além da análise morfológica, desde a confirmação da suscetibilidade do hospedeiro, determinação da densidade parasitária, grau de patogenicidade e identificação de diferenças inter e intra-específicas que fornecem ajustes taxonômicos relevantes. Finalmente, o advento da Biologia Molecular, prática reconhecida e estabelecida, principalmente no estudo de parasitas coccidianos dos animais de produção, oferece informações complementares as de microscopia e métodos imunológicos, por exemplo, pois o sequenciamento do DNA do microrganismo, serve como estudo adicional para a taxonomia e filogenia. Baseando-se nestes fatos, este trabalho, nos capítulos I, II, III e IV teve por objetivos, identificar geneticamente coccídios parasitas de aves silvestres capturadas em regiões de Mata Atlântica do Sudeste brasileiro, demonstrando o isolamento de oocistos de coccídios de amostras fecais de aves silvestres, com posterior extração de DNA a fim de amplificar e sequenciar diferentes regiões gênicas dos genes cox1, cox3 e fragmentos da subunidade pequena e grande do rDNA do DNA mitocondrial, avaliando a aplicabilidade destas novas sequências na diferenciação de espécies e estudos filogenéticos.

Diversidade de coccídios: Isospora spp. e Eimeria spp. de aves silvestres do Sudeste Brasileiro [download]
Autora: Mariana de Souza Oliveira
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Co-orientador: Prof. Ildemar Ferreira
Curso: PPGBA/UFRRJ
Nível: Doutorado
Ano: 2021
Resumo: O Brasil encontra-se entre os países mais biodiversos do mundo, e essa biodiversidade está avaliada pelo tamanho de seu território, apresentando assim, uma grande quantidade de espécies endêmicas, tornando-se importante para investimentos em conservação de aves. Aves são animais de muita importância ecológica, essenciais para manutenção do equilíbrio, atuantes como dispersoras de sementes, agentes polinizadores, reguladores de populações de presas e, com maior importância, sendo bioindicadores de conservação, pois são animais conhecidos pela sensibilidade em alterações nos habitats. Os principais fatores relacionados a extinção de espécies silvestres são a degradação dos ambientes naturais, introdução de espécies exóticas, fatores causados pela superexploração pelos humanos, impactando não só à fauna, mas também a flora e microbiota, e indiretamente favorecendo para o aparecimento e transmissão de doenças parasitárias. Os parasitos podem ser atuantes principais em manutenção dessa biodiversidade, através da manutenção das diversidades em comunidades ecológicas, assim atuando como espécies-chaves para tal. Porém, também podem causar declinínio em populações naturais, diminuindo tanto a sobrevivência quanto a reprodução de seus hospedeiros. Dentre os diferentes tipos de parasitas, os coccídios em aves destacam-se. Estes são protozoários intracelulares predominantemente intestinais, os quais revelam fundamental importância, principalmente em ambientes antropizados, pois aves estressadas em decorrência dos impactos antrópicos tendem a serem mais susceptíveis a infecção e colonização dos coccídios. Assim, os coccídios desempenham função de biomarcadores de impactos ambientais. Coccídios se encaixam em um grupo diversificado e complexo de parasitas, destacando-se os gêneros Isospora Schneider, 1881 e Eimeria Schneider, 1875, que são mais relevantes parasitos de aves das ordens Passeriformes e Columbiformes. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi analisar fezes de aves silvestres capturadas em áreas de Mata Atlântica, como os Parque Nacional do Itatiaia, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, áreas de preservação e reflorestamento do Instituto Federal do Rio de Janeiro em Pinheral-RJ, e Distrito de Cacaria em Piraí-RJ, além de amostras de fezes enviadas de Portugal, para identificar e quantificar os parasitos coccidianos presentes. Após as analises morfológicas dos oocistos encontrados, analises moleculares foram realizadas em amostras viáveis, através do sequenciamento de regiões dos genes COI e 18S, além de análises filogenéticas. Como resultado foram produzidos cinco artigos científicos, sendo três artigos de descrição de nova espécies, sendo uma Isospora sp. e duas Eimeria spp., um artigo de redescriçao de uma Isospora sp. de novos hospedeiros, e um artigo com redescriçao de uma Eimeria sp. de aves de Portugal.

Taxonomia e ecologia de coccídios de aves silvestres do Sudeste Brasileiro: Coccídios de Thamnophilidae, Tyrannidae, Conopophagidae e Icteridae (Aves: Passeriformes) no Parque Nacional do Itatiaia, RJ [download]
Autora: Lidiane Maria da Silva de Carvalho
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: PPGCV/UFRRJ
Nível: Doutorado
Ano: 2020
Resumo: As famílias da ordem Passeriformes, podem ser parasitados por diversas espécies de coccídios, principalmente dos gêneros Isospora Schneider, 1881 e Eimeria Schneider, 1875. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo identificar, caracterizar e quantificar espécies de coccídios parasitos das famílias Thamnophilidae, Tyrannidae, Conopophagidae e Icteridae no Parque Nacional do Itatiaia (PNI) principalmente. Foram realizadas dezenove expedições no PNI, e outras três expedições foram realizadas em duas localidades distintas: Cacaria e Barra Mansa, as aves foram capturadas com o auxilio de redes de neblina, ao todo foram capturados 204 espécimes de aves sendo: 100 taminofilídeos, 89 tiranídeos, 7 conopofagídeos e 8 icterídeos, após o processamento das amostras observou ser coccídios do gênero Isospora ou Eimeria presentes nas quatro famílias abordadas neste estudo. Desta forma, este trabalho apresenta uma revisão da literatura científica nos temas de ecologia e taxonomia de coccídios de Thamnophilidae, Tyrannidae, Conopophagidae e Icteridae, e, como resultados, cinco artigos científicos na ordem cronológica descrevendo um novo hospedeiro Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) e localidade (PNI) para Isospora bellicosa Upton, Stamper e Whitaker, 1995, e uma nova espécie Isospora guaxi Silva & Berto, 2017 parasitando C. haemorrhous na família Icteridae; uma nova espécie Isospora lopesi Silva-Carvalho & Berto, 2018, a partir de Platyrinchus mystaceus Vieillot, 1818 no PNI na família Tyrannidae; um novo hospedeiro Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) e localidade (PNI) para Isospora sagittulae McQuistion e Capparella, 1992 na família Thamnophilidae; uma nova espécie Isospora borbai Silva-Carvalho et Berto, 2019 parasitando dois hospedeiros distintos, Conopophaga melanops (Vieillot, 1818), e Conopophaga lineata (Wied, 1831) na família Conopophagidae; e por último um novo hospedeiro Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) para Isospora parnaitatiaiensis Silva, Rodrigues, Lopes, Berto, Luz, Ferreira, Lopes, 2015 na família Thamnophilidae no PNI.

Coccídios de traupídeos (Passeriformes: Thraupidae) no Parque Nacional do Itatiaia, RJ [download]
Autora: Mariana Borges Rodrigues
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: PPGCV/UFRRJ
Nível: Doutorado
Ano: 2020
Resumo: A ação antrópica e a destruição das florestas tropicais pode alterar completamente os ecossistemas terrestres, as aves são grandes afetadas e consequentemente as faunas parasitárias relacionadas a estas, as parasitoses podem influenciar na nutrição e favorecer o aparecimento de infecções secundárias em aves silvestres. É necessária uma avaliação morfológica cuidadosa na identificação dessas espécies, sob esta ótica o objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar coccídios de aves silvestres de diferentes subfamílias de Thraupidae no Parque Nacional de Itatiaia (PNI), identificando e classificando as espécies, através de novas descrições e/ou novos hospedeiros. Expedições ocorreram no PNI e no seu entorno, os passeriformes foram capturados através de redes de neblina, caracterizados, examinados e soltos em seguida. Amostras com parte fezes e parte solução de dicromato de potásso (K2Cr2O7) a 2,5% foram coletadas e encaminhadas para o laboratório e processadas pelo método de centrífugo-flutuação, quantificadas, fotomicrografadas e caracterizadas morfologicamente. Resultados sugerem a adaptabilidade das aves aos coccídios no ambiente silvestre. No total 13 novos relatos de espécies de coccídios e 36 possíveis novas espécies foram observadas nas subfamílias Dacninae, Diglossinae, Tachyphoninae, Sporophilinae e Thraupinae.

Taxonomia e ecologia de coccídios de aves silvestres do Sudeste Brasileiro: Coccídios de sabiás (Passeriformes: Turdidae) no Parque Nacional do Itatiaia, RJ [download]
Autora: Irlane Faria de Pinho
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: PPGCV/UFRRJ
Nível: Doutorado
Ano: 2018
Resumo: O Brasil abriga alguns dos biomas com as maiores abundância e diversidade de espécies da fauna mundial, como a Mata Atlântica, que está relacionada entre as áreas mais importantes para preservar-se a biodiversidade do planeta. Dentre as áreas preservadas na Mata Atlântica destacam-se os Parques Nacionais, como o Parque Nacional do Itatiaia. A condição de um ecossistema pode ser fornecida pelas aves, e o parasitismo pode ser considerado para avaliação de um ecossistema, pois os parasitos podem afetar a morfologia, comportamento e saúde das aves, mesmo em infecções sub-letais, exercendo importante pressão ecológica e evolucionária. Neste contexto, os sabiás (Turdus spp.) são potenciais modelos para observar-se a dinâmica dos seus parasitas e suas densidades frente aos diversos fatores ambientais naturais e antrópicos aos quais são submetidos. Os sabiás têm amplas abundância, diversidade e distribuição geográfica, com espécies mais ou menos adaptáveis a ambientes antropizados. Desta forma, o presente estudo teve por objetivo maior identificar e quantificar os parasitas coccídios de sabiás de diferentes espécies e localidades dentro e nas proximidades do Parque Nacional do Itatiaia, além de relacionar o parasitismo com alguns aspectos biológicos e ecológicos dos sabiás. Neste sentido, este trabalho apresenta uma revisão da literatura científica nos temas de ecologia e taxonomia de coccídios de sabiás, e, como resultados, quatros artigos científicos descrevendo novos hospedeiro (Turdus leucomelas Vieillot, 1818) e localidades (Parque Nacional do Itatiaia e Cacaria) para Isospora albicollis Lainson & Shaw, 1989; duas novas espécies Isospora sabiai Pinho, Rodrigues, Silva, Lopes, Oliveira, Ferreira, Cardozo, Luz, Ferreira, Lopes & Berto, 2017 de sabiás-coleira Turdus albicollis Vieillot, 1818, sabiás-laranjeira Turdus rufiventris Vieillot, 1818, sabiás-barranco T. leucomelas e sabiás-una Turdus flavipes Vieillot, 1818, e Isospora machadoae Pinho, Silva, Rodrigues, Lopes, Oliveira, Luz, Ferreira, Lopes & Berto, 2017 de sabiás-coleira T. albicollis e, finalmente, um artigo sobre aspectos da diversidade e distribuição dos coccídios de sabiás no Parque Nacional do Itatiaia.

O parasitismo em Bovinocultura Leiteira sob Sistema Orgânico de Produção em Clima Tropical: Manejo e Identificação das Espécies do Gênero Eimeria (Apicomplexa: Eimeriiidae) [download]
Autora: Monica Mateus Florião
Orientador: Prof. Carlos Wilson Gomes Lopes
Co-orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária/UFRRJ
Nível: Doutorado
Ano: 2016
Resumo: Os resultados obtidos no presente estudo em bovinos leiteiros mestiços (Gir x holandês) em regime de criação orgânica em região subtropical no Brasil indicaram melhoria no desempenho dos animais estudados mesmo com a presença de infecção subclínica por espécies do gênero Eimeria quando se comparou dois períodos consecutivos. Independente do período estudado seja de julho de 2013 a maio de 2014 ou de junho de 2014 a maio de 2015 o maior número de espécies do gênero Eimeria foi observado na categoria desmame, porém Eimeria zuernii e Eimeria bovis, apesar de serem consideradas patogênicas, foram as mais frequentes no plantel estudado. Apesar da diferença corporal dos animais nas categorias: aleitamento e desmama, a infecção subclínica por espécies do gênero Eimeria, apesar de significativa, não foi indicativo de alterações na média de peso dos animais, que por sua vez, se mantiveram dentro dos limites esperados para Gir leiteiro e seus mestiços. A coccidiose clinica só foi observada em alguns dos animais durante o período de avaliação de 2013 a 2015 quando foi modificada na categoria aleitamento a quantidade de leite oferecido na dieta diária para cada animal e na categoria desmame quando algumas das bezerras foram misturadas aos animais adultos. Indicando assim, modificação no manejo dos animais onde a coccidiose serviu como indicador de alteração no manejo dos animais no rebanho estudado. Quando os animais foram reintroduzidos em seus respectivos extratos (desmame) os sinais clínicos desapareceram; da mesma maneira quando se retornou novamente o volume quantitativo de leite oferecido para os animais do extrato aleitamento. Todos os animais foram recuperados, sendo assim, a coccidiose foi um bom indicador de alterações no manejo do rebanho estudado. Mesmo acometidas por infecção subclínica de coccídios do gênero Eimeria, as vacas tiveram um intervalo de parto inferior aos observados para Gir leiteiro e seus mestiços o que indica ser este método de manejo importante no desenvolvimento de uma pecuária orgânica leiteira em nosso país, onde o manejo proposto não faz uso de qualquer medicamento alopático como controle dos níveis de infecção por coccídios, independente da categoria estudada em um sistema orgânico de produção leiteira.

|Dissertações|

Taxonomia e ecologia de coccídios de aves silvestres do Sudeste Brasileiro: Identificação molecular de Isospora spp. (Apicomplexa: Eimeriidae) no Parque Nacional do Itatiaia, RJ [download]
Autora: Jhon Lennon Genovez de Oliveira
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: PPGBA/UFRRJ
Nível: Mestrado
Ano: 2020
Resumo: Os coccídios (Apicomplexa: Eucoccidiorida) são protozoários parasitas frequentemente observados em amostras fecais de aves silvestres, os quais têm extrema importância para a biodiversidade, especificidade hospedeira e conservação. O presente estudo teve como objetivo identificar morfologicamente e molecularmente coccídios de aves silvestres capturadas no Parque Nacional do Itatiaia, que é uma área protegida com alto grau de vulnerabilidade no interior do Estado do Rio de Janeiro. Foram capturados e identificados 76 pássaros de 2 famílias distintas. Duas espécies de coccídios foram identificadas: Isospora sepetibensis Berto, Flausino, Luz, Ferreira, Lopes, 2008 do novo hospedeiro Trichothraupis melanops (Vieillot, 1818) (Passeriformes: Thraupidae) e Isospora massardi Lopes, Berto, Luz, Galvão, Ferreira, Lopes, 2014 de novos hospedeiros Turdus spp. (Vieillot, 1818) (Passeriformes: Turdidae). Os oocistos destas espécies foram morfologicamente semelhantes a descrição original, porém, em I. massardi, os oocistos exibiram diferentes padrões de tamanho associados a cada hospedeiro Turdus spp. A análise molecular foi conduzida no gene da subunidade 1 da citocromo c oxidase (COI) e no gene nuclear para o RNA da subunidade menor do ribossomo (18S). Isospora sepetibensis é o primeiro parasita coccidiano de um traupídeo do Novo Mundo a ter uma identificação molecular do gene COI. Isospora massardi exibiu uma diferença genotípica de 3% nas sequências de COI entre Turdus spp., a qual fundamentou uma discussão ecológica que associa as diferenças morfométricas e genotípicas a um processo de co-especiação parasita-hospedeiro.

Identificação e densidade de coccídios parasitas de aves mantidas no centro de reabilitação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ: Eimeria psittacarae Tucunduva, Rodrigues, Carvalho, Berto, 2018 (Apicomplexa: Eimeiriidae) do periquitão-maracanã Psittacara leucophthalmus (Müller, 1776) (Psittaciformes: Psittacidae) [download]
Autora: Priscila Tucunduva
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: PPGCV/UFRRJ
Nível: Mestrado
Ano: 2018
Resumo: O Parque Nacional Serra dos Órgãos (PARNASO) é uma Unidade de Conservação Federal de Proteção Integral, subordinada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o qual possui a maior riqueza de aves endêmicas da Mata Atlântica. O PARNASO possui um centro de reabilitação de animais silvestres responsável pela recuperação e soltura de animais silvestres. Aves chegam ao centro de reabilitação principalmente oriundas de apreensões, por entrega voluntária, feridos devido à atropelamentos ou são encontrados no próprio parque. Após reabilitação são reintroduzidos, adotados ou encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Seropédica. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo principal identificar e quantificar espécies de coccídios parasitas de aves mantidas em cativeiro para reabilitação e soltura no PARNASO. Um total de 73 amostras de aves foram coletadas, das quais 35 foram de Psittacara leucophthalmus (Müller, 1776), representando 47,9% das amostras analisadas. Dentre estas, apenas uma amostra foi positiva para um coccídio identificado como: Eimeria psittacarae Tucunduva, Rodrigues, Carvalho, Berto, 2018. Seus oocistos foram elipsoides, medindo cerca de 34,8 × 24,3 µm, com parede dupla, lisa e delicada, com micrópila e um ou dois grânulos polares. Os esporocistos foram elipsoides alongados, medindo cerca de 19,2 × 9,7 µm, com corpos de Stieda e substieda e resíduo. Os esporozoítos foram vermiformes, com corpo refráctil e núcleo. Esta Eimeria descrita neste trabalho é diferente de todas Eimeria spp. de psitacídeos do Novo Mundo em vários aspectos, mas principalmente, por ser a única a possuir micrópila. Finalmente, foi possível concluir que: O Centro de Reabilitação do PARNASO recebe, avalia, reabilita e reintroduz/redireciona aves em diversas condições e de diferentes origens e da região Serrana do Estado do Rio de Janeiro com eficiência, apesar de poucos recursos disponíveis; A ordem Psittaciformes é a mais representativa a ser recebida no Centro de Reabilitação do PARNASO, principalmente espécimes de P. leucophthalmus, as quais são entregues frequentemente de forma voluntária; A prevalência e densidade de coccídios nas aves do Centro de Reabilitação do PARNASO é baixa e não tem interferido no estado de saúde das aves; Eimeira psittacarae foi identificada e descrita como um novo parasita de um periquitão-maracanã P. leucophthalmus mantido em reabilitação no Centro de Reabilitação do PARNASO.

Identificação e densidade de coccídios parasitas (Apicomplexa: Eimeriidae) de aves silvestres no Distrito de Cacaria, Município de Piraí-RJ [download]
Autora: Mariana de Souza Oliveira
Orientador: Prof. Ildemar Ferreira
Co-orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: PPGBA/UFRRJ
Nível: Mestrado
Ano: 2017
Resumo: O Brasil é um dos 5 países mais megadiversos do mundo, apresentando 14% de toda a biodiversidade conhecida mundialmente. O Brasil também tem uma maior vegetação tropical cobrindo o mundo, apresentando um elevado número de espécies endêmicas, tornando-se um dos países mais importantes do mundo para investimentos em conservação de aves. O distrito de Cacaria, no município de Piraí, Rio de Janeiro, Brasil, tem uma extensa área de cobertura vegetal, mas é afetado pela criação de gado local, além de outras ações antrópicas. As aves podem ter uma alta diversidade de parasitas, como ectoparasitas, helmintos e coccidia. Os parasitas coccidianos são a principal causa de enterite, alterações comportamentais e reprodutivas, na maioria das espécies de aves. Os estudos de coccidia são relevantes tanto para a saúde animal quanto para o conhecimento da biodiversidade desses parasitas. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi examinar as fezes de aves silvestres capturadas em fragmentos de Mata Atlântica no distrito de Cacaria, no sudeste do Brasil, para identificar e quantificar os parasitas coccidianos que estavam presentes, além de relacioná-los a algumas características ecológicas das aves. Foram realizadas 14 expedições em 3 fragmentos de Mata Atlântica em Cacaria, resultando em captura de 143 aves, com 20 delas positivas para coccídios. Dentre as amostras positivas foram encontradas coccídios de classificação Isospora e Eimeira, em 12 espécies de aves. Esses coccídios foram identificados de acordo com a literatura, as espécies de coccídios não descritas na literatura até o presente momento foram consideradas morfotipos. Não se obteve relação entre as espécies de aves e as amostras positivas, com seus respectivos oopds (oocisto por defecação). Em relação as características ecológicas, apenas hábitos de vivência em ambientes florestais foi significante, apresentando que as aves de ambientes florestais são menos susceptíveis a infecção. Já em relação aos hábitos alimentares, não se obteve resultados significativos.

Identificação e densidade de coccídios de aves silvestres em uma área de Mata Atlântica no Município de Guapimirim, RJ [download]
Autora: Patrícia Silva de Oliveira
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Co-orientador: Prof. Sergian Vianna Cardozo
Curso: PPGCV/UFRRJ
Nível: Mestrado
Ano: 2017
Resumo: Os coccídios (Apicomplexa: Eucoccidiorida) são protozoários parasitas frequentemente observados em amostras fecais de aves silvestres, os quais têm extrema importância para a biodiversidade, especificidade hospedeira e conservação. O presente estudo teve como objetivo identificar e quantificar coccídios de aves silvestres capturadas em uma área fragmentada de Mata Atlântica no município de Guapimirim, estado do Rio de Janeiro, inserida no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Foram capturados e identificados 101 pássaros de três ordens e 14 famílias distintas. A ordem Passeriformes e as famílias Thraupidae, Tyrannidae e Turdidae foram as mais representativas. A maior prevalência e densidades foram observadas da família Columbidae (Columbiformes). Nas famílias de Passeriformes, as maiores prevalências e densidades foram de aves das famílias Thraupidae e Turdidae. A maioria das amostras positivas e com maiores densidades foram coletadas no período da tarde. Foram identificadas 11 espécies de coccídios no total. Sete dessas espécies morfologicamente identificadas não estão descritas na literatura científica e devem ser novas espécies. Foram identificadas quatro espécies: Eimeria curvata Adriano, Thyssen, Cordeiro, 2000 de Columbina talpacoti (Temminck, 1811); Isospora cagasebi Berto, Flausino, Luz, Ferreira, Lopes, 2008 de Coereba flaveola Linnaeus, 1758; Isospora cetasiensis Coelho, Berto, Neves, Oliveira, Flausino, Lopes, 2011 de Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766); e Isospora massardi Lopes, Berto, Luz, Galvão, Ferreira, Lopes, 2014 de Turdus spp. O presente trabalho expõe a ampla distribuição e dispersão de coccídios de aves silvestres no sudeste do Brasil e registra o município de Guapimirim, no estado do Rio de Janeiro, como uma nova localidade de parasitismo, além dos novos hospedeiros registrados.

Espécies de coccídios de Thamnophilidae (Aves: Passeriformes) no Parque Nacional do Itatiaia, RJ: Morfologia e Taxonomia [download]
Autora: Lidiane Maria da Silva
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: PPGCV/UFRRJ
Nível: Mestrado
Ano: 2016
Resumo: Os taminofilídeos, da mesma forma que outras famílias de Passeriformes, podem ser parasitados por diversas espécies de coccídios, principalmente dos gêneros Isospora Schneider, 1881 e Eimeria Schneider, 1875. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo identificar, caracterizar e quantificar espécies de coccídios parasitos de Thamnophilidae do PNI. Foram realizadas sete expedições no Parque Nacional do Itatiaia, das quais cinco foram em áreas mais preservadas e duas em áreas no entorno do parque, as aves foram capturadas com o auxilio de redes de neblina, ao todos foram capturados 184 espécimes de aves sendo 26 taminofilídeos, após o processamento das amostras observou ser coccídios do gênero Isospora e Eimeria. A espécie Isospora parnaitatiaiensis Silva, Rodrigues, Lopes, Berto, Luz, Ferreira, Lopes, 2015 foi identificada em dois diferentes hospedeiros da família Thamnophilidae, Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) e Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823), sendo que seus oocistos foram caracterizados como polimórficos, já que os oocistos de P. leucoptera são mais elipsóides em relação aos oocistos de D. mentalis que tendem ao ser mais sub-esféricos, o que pode ser consequência do processo de especiação/adaptação ao hospedeiro. A intensidade de infecção nos diferentes hospedeiros taminofilídeos positivos foram relativamente baixas, P. leucoptera e D. mentalis tiveram juntos um OoPD de 316 para os oocistos de I. parnaitatiaiensis, o que pode ser justificado pelo ambiente conservado do PNI e pelo hábito alimentar insetívoro. Finalmente, a especificidade ocorreu em nível de família, pelo fato de P. leucoptera e D. mentalis, ambos da família Thamnophilidae, ter sido relatados como hospedeiros de I. parnaitatiaiensis.

Espécies de coccídios de Thraupidae (Aves: Passeriformes) no Parque Nacional do Itatiaia, RJ: Morfologia e Taxonomia [download]
Autora: Mariana Borges Rodrigues
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: PPGCV/UFRRJ
Nível: Mestrado
Ano: 2016
Resumo: Os coccídios são parasitas intracelulares obrigatórios, classificados no Subfilo Apicomplexa e ordem Eucoccidiorida, que tem fases diferentes em seus ciclos de vida. Em Passeriformes as espécies de Isospora Schneider, 1881 são as mais comuns, sendo a família Thraupidae uma das principais famílias-hospedeiras com 12 espécies descritas. O objetivo deste estudo foi identificar, caracterizar e quantificar os coccídios parasitos de Thraupidae do Parque Nacional do Itatiaia. Isospora ramphoceli Berto, Flausino, Luz, Ferreira, Lopes, 2010 foi identificada em tiês-pretos Tachyphonus coronatus (Vieillot, 1822), o qual se tornou novo hospedeiro e o Parque Nacional do Itatiaia nova localidade para este coccídio. As intensidades de infecção em diferentes hospedeiros positivos foram altas, o que pode ser justificado pelo hábito alimentar frugívoro que favorece a transmissão feco-oral dos coccídios e por parte dos hospedeiros positivos habitarem em áreas antropizadas submetidas aos efeitos de borda de mata. Os oocistos foram caracterizados como uniformes em T. coronatus e morfologicamente e morfometricamente semelhantes a descrição original em Ramphocelus bresilius dorsalis Sclater, 1855 na Ilha da Marambaia, RJ. A especificidade de I. ramphoceli ocorreu em nível de família, pelo fato de T. coronatus e R. b. dorsalis estarem classificados entre os traupídeos.

Identificación y frecuencia, de las especies de Eimeria presentes en cabras (Capra hircus) de Nuevo León [download]
Autora: Indra Shamady González Sáenz
Orientador: Prof. Marco Antonio Cantú Martínez
Co-orientador Externo: Prof. Bruno Pereira Berto
Curso: Facultad de Medicina Veterinaria y Zootecnia/Universidad Autonóma de Nuevo León
Nível: Mestrado
Ano: 2015
Resumo: La eimeriosis es una infección parasitaria causada por diferentes especies del género Eimeria, y es una de las enfermedades gastrointestinales con mayor importancia económica en el ganado caprino. En muchos países se han realizado trabajos de identificación de las especies de Eimeria que producen infección en animales, en México solo se han realizado algunos trabajos de este tipo, sin embargo, en Nuevo León no existen trabajos que nos brinden información acerca de la frecuencia de la enfermedad y la diversidad de las especies de Eimeria presentes. Por esta razón el objetivo del presente estudio fue identificar las especies de Eimeria y determinar su frecuencia en heces de caprinos en el estado de Nuevo León. Para realizar este objetivo se recolectaron muestras de heces fecales de 403 cabras procedentes de 14 municipios del estado de Nuevo León. Posteriormente se llevo a cabo la identificación (morfología y morfometría) de los parásitos y se realizaron histogramas y regresiones lineales para la confirmación de la identidad. Nuestros resultados mostraron que el 60.29% de las cabras muestreadas fueron positivas para ooquistes de Eimeria. Los municipios con mayor frecuencia de eimeriosis fueron Ramones y Pesquería con un 100% de animales positivos, mientras que la menor frecuencia se observó en el municipio de Aramberri con un 3.4%. Los análisis morfológicos y morfométricos de los ooquistes esporulados permitieron determinar que 8 especies de Eimeria, se encuentran en la población analizada: E. alijevi, E. ninakohlyakimovae, E. arloingi, E. christenseni, E. jolchijevi, E. apsheronica, E. caprina, E. caprovina, interesantemente, el análisis morfológico de algunos de los ooquistes analizados no mostró similitud con ninguna de las especies de Eimeria reportadas para caprinos, por ello en el presente trabajo se reporta la existencia de una nueva especie de Eimeria, la cual ha sido nombrada como Eimeria guajardoi. Finalmente se observó que la mayoría de las especies de Eimeria estudiadas en este trabajo tienen un alto grado de polimorfismo, por lo que el presente estudio es de gran relevancia para facilitar la identificación de las especies de este parásito en el estado de Nuevo León.

|Trabalhos de Conclusão de Curso|

Coccídios de gastrópodes terrestres e dulcícolas: Uma avaliação preliminar no estado do Rio de Janeiro [download]
Autor: Mariana Borges Rodrigues
Orientador: Prof. Bruno Pereira Berto
Co-orientadora: Profª. Solange Viana Paschoal Blanco Brandolini
Curso: Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas/Universidade Castelo Branco
Nível: Graduação
Ano: 2014
Resumo: Os coccídios, protozoários da classe Eucoccidiorida, são parasitas intracelulares obrigatórios que podem apresentar ciclo monoxeno ou heteroxeno. Os invertebrados podem ser hospedeiros definitivos ou vetores de uma grande diversidade de coccídios. Os moluscos já foram descritos parasitados pelos gêneros de coccídios Aggregata Frenzel, 1885, Pseudoklossia Léger e Duboscq, 1915, Pfeifferinella Schneider, 1875, Barroussia Schneider 1885 e Klossia Schneider 1875, sendo apenas estes três últimos associados a gastrópodes. O objetivo deste trabalho foi verificar a presença destes em gastrópodes terrestres e dulcícolas de algumas localidades do estado do Rio de Janeiro, como o Maciço do Mendanha, Ilha da Marambaia e Seropédica. Foi utilizado o método de Sheather para exame das fezes e excretas dos gastrópodes coletados, com posterior visualização e identificação dos oocistos. Dentre os exames realizados nos gastrópodes coletados, a presença de oocistos de espécies que são improváveis parasitas de invertebrados, provavelmente representem contaminação do ambiente onde os moluscos foram coletados, o que pode resultar em diagnósticos equivocados. Foram encontrados também oocistos similares a Klossia sp., que necessitam de confirmação.