Texto por Roger Ribeiro
Na última quarta-feira (18/10), os grupos PET do campus Seropédica da UFRRJ marcaram presença em atividade coletiva durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. No turno da tarde, os 11 grupos do campus Seropédica – PET DIMENSÕES DA LINGUAGEM, PET INCLUSÃO, PET FÍSICA, PET FLORESTA, PET ETNODESENVOLVIMENTO, PET SISTEMAS DA INFORMAÇÃO, PET ENGENHARIA QUÍMICA, PET VETERINÁRIA, PET MATEMÁTICA E MEIO AMBIENTE, PET HISTÓRIA e PET EDUCAÇÃO DO CAMPO – se dispuseram em mesas para apresentar projetos feitos ao longo do ano, além de atividades interativas com os participantes presentes.
O PET Floresta, por exemplo, ofereceu mudas produzidas pelos próprios petianos e apresentou projetos como o PRÉ-ENEM, que busca aproximar estudantes do Ensino Médio para a Universidade. Yasmin Aleixo estava na mesa e rasgou elogios para o próprio grupo. “Imagina depois um aluno desses decide entrar para rural, entrar pro curso… e você vê o quanto o PET pode mudar a vida das pessoas, estar influenciando para o bem”, destacou a petiana. A estudante de Engenharia Florestal continuou ressaltando o papel do PET em sua jornada individual. “É incrível como o programa me mudou como pessoa, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. E abriu a minha visão sobre as possibilidades que existem dentro da graduação e no mercado de trabalho”, conta a jovem.
Em paralelo, o EtnoPET se organiza em um fluxo e movimento semelhante quando se trata do quesito de aproximar a Universidade com o que existe além. Buscando trazer os saberes de fora do espaço acadêmico, a petiana Carine Rodrigues conta que o grupo se propõe a valorizar comunidades religiosas de matrizes africanas. “Ouvindo as griôs da nossa comunidade, elas são as mais velhas nas nossas comunidades tradicionais e trazem os ensinamentos e as histórias que são passados a cada geração”, explica a estudante de Belas Artes. Ela continua ressaltando o propósito do EtnoPet durante esse processo. “Esse trabalho de vivência nas comunidades tem esse objetivo de as integrar na Universidade e fazer um acolhimento dos alunos indígenas e quilombolas”, explica.
Não tem muito tempo que essas conexões voltaram a ser possíveis. Após dois anos com a Universidade vazia, em função do caos produzido pela pandemia de Covid-19, aos poucos os alunos foram se restabelecendo no espaço universitário. Sobre isso, a integrante do PET Inclusão, Alice Xavier, comenta: “Voltar foi muito importante, mas também muito confuso porque a gente tava passando por um processo de adaptação”. A licencianda em Educação do Campo faz parte do grupo desde 2020, e percebe com clareza as diferenças entre os momentos pré e pós pandemia, ainda mais quando as principais atividades do PET Inclusão envolvem a comunidade de Seropédica. “Quando foi o encontro presencial foi tudo mais divertido, mais humanizado. A gente precisava dessa troca e desse convívio”, observou Alice.