Com a proposta de levar o conhecimento da academia para as ruas do Rio de Janeiro, Max Oliveira e Natália Batista, doutores em História pela UFRRJ, criaram o Poeira da História. Através do projeto, a dupla organiza aulas abertas sobre a história do Rio, roteirizadas em formato de passeios por pontos históricos da cidade. Por meio da utilização de espaços não formais de educação e de uma linguagem acessível ao público, o Poeira tem como objetivo promover a importância da história para a vida das pessoas.
Em um dos passeios, Max e Natália levam seus alunos em um tour pela história da famosa Cidade Maravilhosa, contada através do olhar literário de escritores cariocas como Machado de Assis e João do Rio. O ‘Rio através da literatura’ revisita lugares e costumes da antiga sociedade carioca registrados em obras literárias como o romance Memórias Póstumas de Brás Cuba, de 1881.
Segundo Max, além de transmitir o conteúdo acadêmico de uma forma didática, as aulas também trazem novos questionamentos. “Mais do que apenas contar a história, o que já seria muito relevante, nós pegamos as discussões acadêmicas atuais que problematizam e questionam fatos históricos e levamos para as ruas. Então, não é simplesmente falar que no dia 13 de maio a Princesa Isabel foi ao Paço Imperial e aboliu a escravidão. E sim problematizar esse evento, questioná-lo, aproximar as pessoas que estão no passeio sobre o que ele significou, qual foi a real importância, o que veio antes e o que veio depois dele”, explica.
Pensar divulgação científica em formatos lúdicos não é nenhuma novidade para Max Oliveira. Em 2017, o pesquisador foi finalista do Euraxess Science Slam, concurso de comunicação científica organizado pela Euraxess Brasil. Nele, os participantes foram desafiados a expor a sua pesquisa de maneira criativa para um público de não-especialistas. Formado em Artes Cênicas, o historiador apresentou sua pesquisa de doutorado sobre a cidade de Itaguaí em uma cena teatral.
Acesse o Poeira da História: http://poeira.cc
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