VIII Jornada PET História trouxe lançamento de livro e diversas atividades para a comunidade da UFRRJ

por Bárbara Amorim e Rômulo Norback

 

A VIII Jornada PET História, que ocorreu nos dias 19, 20 e 21 de junho, em diferentes locais da UFRRJ, trouxe nessa edição um conjunto muito diverso de atividades, com a colaboração da Coordenação do Curso e do Programa de Pós-Graduação em História da UFRRJ. O objetivo da jornada foi, segundo seus organizadores,  buscar a divulgação de pesquisas acadêmicas  na graduação, e estimular o debate de temas relacionados à região onde a universidade se localiza.

 

Equipe de Petianos de História no evento.

Primeiro dia de evento é marcado pelo lançamento do livro “Trilhas: a
construção social e histórica de Itaguaí e Seropédica”

Evento de lançamento do livro.

Nesta edição do evento também ocorreu o lançamento do livro “Trilhas: a construção social e histórica de Itaguaí e Seropédica”, obra fruto do trabalho coletivo do grupo e que contém pesquisas inéditas e artigos com experiências sobre o uso de fontes em sala de aula, organizado pelas ex-tutoras Adriana Barreto  e Margareth Gonçalves e atual  tutora Fabiane Popinigis, todas docentes do Departamento de História e Relações Internacionais (DHRI) e do Programa de Pós-Graduação em História (PPHR).

Foram dez anos de pesquisa e mapeamento de fontes para que o livro enfim se materializasse.  Fabiane Popinigis, atual tutora do Pet História, explica que  o critério da seleção de textos para o livro foi a de autores que haviam trabalhado com as fontes do núcleo original de documentação do laboratório. “Demos   preferência aos acervos do PET que são os documentos da cúria de Itaguaí, no cruzamento com outros documentos“, explica.

As professoras Adriana Barreto, Fabiane Popinigis e Margareth Gonçalves, em mesa de abertura do evento de lançamento do livro.

Para a tutora, a publicação será de grande importância para o curso e para a memória das comunidades de Itaguaí e Seropédica. “A universidade não está fora do tecido social. A universidade ela é pública, ela é
gratuita, ela tem que fazer esse diálogo com a comunidade, com as escolas, com o entorno, com a região onde ela está inserida. Então a nossa ideia principal é continuar fazer com que isso seja apenas o início dessa demanda pela memória, demanda pelo conhecimento das suas próprias identidades”, esclarece.

Durante o evento de lançamento, realizado no auditório Gustavo Dutra, no P1, 19 de junho,  Fabiane e as ex-tutoras do Pet História, Adriana Barreto e Margareth Gonçalves, contaram um pouco sobre suas experiências no programa. Adriana observou que “o diferencial do grupo Pet é trabalhar coletivamente”,
além de abordar a contribuição do grupo para a perda de timidez do aluno.

Mesas organizadas por discentes ressaltam valores para além da sala de aula

Diferente de muitos eventos no qual o aluno cumpre apenas o papel de expectador, a Jornada PET
História mostrou que a atuação do discente é fundamental. Durante o evento, foram compostas mesas
organizadas pelos próprios alunos do curso, tais como: “Gênero retratístico e codificação do feminino: o caso ‘Maria Antonieta’ de Elisabeth” , organizada pela aluna Carla Andressa de Andrade, e a mesa: “Peste negra: uma ruptura da reciprocidade entre Deus e a humanidade”, organizado pelo aluno Gabriel Pires.

Mesa redonda “Histórias de Itaguaí e Seropédica”.

Paulo Vitor Guedes, graduando do 6° período de História, apresentou um texto de sua autoria com
orientação do professor Dr. Fábio Henrique Lopes, com o título: “Travestilidades, espaços culturais e
novos modos de vida”. Ele contou que estar naquela mesa foi um modo resistência no que toca a memória e história de parte da população brasileira.

Philipe Monteiro, outro petiano e um dos organizadores do evento, destaca como foi para ele ter participado dessa experiência.  “Apesar de trabalhoso, é muito gratificante e engrandecedor pra gente.  E o bacana é que a jornada é voltada pro curso de História, mas também voltada pro pessoal de fora do curso de História e até da região, dos arredores”, declarou.

Exibição de documentário e minicursos também fizeram parte

Foi exibido durante o evento o documentário “ABC da greve”, que conta a história da primeira greve brasileira feita fora das fábricas e na qual o jovem metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva estava à frente.  A exibição ocorreu no dia 20 de junho, no auditório do PAT.

Os minicursos também marcaram presença nessa edição, durante os três dias de Jornada.  “A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário:  homens de cor e a fé católica”, ministrado pelos petianos Matheus Guimarães e Philipe Monteiro,  no primeiro dia, “História do Feminismo (1917 a 1937)”, ministrado pela professora Glaucia Faccaro, da PUC de Campinas, no segundo dia, e o minicurso “Poder e Estado no Mundo Contemporâneo: Gramsci e Foucault”, ministrado por Natanael Silva e Maron Rodrigues, no terceiro dia, foram alguns nomes.

Minicurso: “Biografia e trajetória como instrumento para o historiador”.

Em suma, é possível dizer que a Jornada de três dias, que reuniu professores, alunos e comunidade acadêmica, foi um momento importante não apenas para refletir o papel da extensão na universidade, mas também para ver o que é feito na prática pelos petianos e tutores, além de discutir o papel da História como  campo do conhecimento e produtor de memória social.

1 comentário

  1. Esse site é muito bom mesmo de muita qualidade. Abraço e sucesso

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