por Bárbara Amorim
A FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), que aconteceu entre os dias 25 e 29 de julho de 2018, teve como um de seus públicos visitantes vários petianos da UFRRJ, que viajaram juntos em um ônibus institucional da universidade.
O evento contou com o lançamentos de novas obras, cafés literários, mesas redondas, conversa com autores e palestras. Entretanto, ultrapassa a esfera literária, trazendo também diversas manifestações artísticas, tais como batalha de slam, capoeira e danças locais de países como Angola, presentes nesta edição. Acontece anualmente em Paraty – RJ, município localizado a 197 km do campus da UFRRJ em Seropédica, e atrai milhares de turistas.
A iniciativa é uma parceria entre a direção do ICHS e o PET Dimensões da Linguagem, que, pela segunda vez, através da ação de extensão ME LEVA ICHS, promove viagens culturais com o intuito de integrar a comunidade acadêmica (técnicos servidores, alunos e professores). A primeira viagem do projeto aconteceu ano passado, também com a participação de petianos, no que contabilizou um grupo de 70 ruralinos, em visita ao Instituto Inhotim, localizado no município de Brumadinho -MG.
A FLIP ocorre desde 2003 às margens do rio Perequê-Açu, em arquitetura única, desenhada exclusivamente para cada ano de festa. Outra característica cativante é a variedade de atividades presentes para públicos de todas as idades, o que faz a Festa ainda mais rica. Em cada edição é homenageado um escritor ou escritora brasileira e, este ano foi a vez de Hilda Hilst.

Escritora Hilda Hilst
As produções da escritora englobam poesia, ficção, teatro e crônicas em torno de temas como o amor, o sexo, a morte, Deus e a transcendência da alma. Paulista, Hilda é filha do casal de imigrantes Benecilda Cardoso e Apolônio Hilst que foi diagnosticado com esquizofrenia e internado em um hospital psiquiátrico quando Hilda tinha 5 anos.
Estreou na literatura aos 20 anos com um livro de poesia e foi recebida com entusiasmo por Cecília Meireles e Jorge de Lima. Formou-se em direito pela Universidade de São Paulo. Recebeu grandes prêmios como o Jabuti e teve suas obras traduzidas para inglês, francês, espanhol, basco, alemão, italiano, norueguês e japonês. É, sobretudo, uma das mais importantes expoentes da literatura nacional e símbolo de representatividade internacional como escritora.