Atraso de bolsas afeta a vida de petianos em todo o Brasil

Em meio ao cenário de pandemia, discentes e tutores se manifestam pela regularidade do pagamento das bolsas.

Por Raíssa Rodrigues

No último mês, as bolsas destinadas a mais de 10 mil petianos apresentaram prazos de liberação extensos e e foram pagas somente no começo de setembro, após duas semanas do período estipulado pelo FNDE. Segundo nota da Comissão Nacional do Mobiliza PET, o atraso dos pagamentos começou em maio, logo depois do SESu/MEC exigir um relatório mensal a todos os grupos do Programa. O relatório deve comprovar que os membros dos grupos cumpriram a carga horária semanal de atividades, e é uma condição para o pagamento das bolsas.

De acordo com o Ministério da Educação, a não aprovação dos relatórios de atividades tem sido o motivo de demora na liberação dos pagamentos, embora discentes e tutores de várias instituições tenham alegado que os relatórios foram aprovados e enviados corretamente ao Ministério. 

Durante a pandemia do Covid-19, o valor destinado aos bolsistas (R$400,00) tem sido ainda mais importante para suprir necessidades básicas, como alimentação e moradia. A petiana Ana Lúcia Ormond, do PET Floresta da Rural, diz ter sido afetada pelo atraso do pagamento da assistência estudantil: “Assim como a demora para fazer as compras do mês, fiquei com contas atrasadas.” A discente também expôs o receio da recorrência do atraso das bolsas: “Dependo da bolsa para a minha manutenção e é minha fonte de renda. Eu pago minhas despesas e ajudo financeiramente minha mãe com o que recebo.”, completou a petiana.

A Comissão Nacional do Mobiliza PET, impulsionada por depoimentos como o de Ana Lúcia, lançou um manifesto pela regularidade do pagamento das bolsas. “PETianos e PETianas têm trabalhado intensamente para manter os projetos ativos apesar da pandemia da Covid-19”, diz o documento.  O abaixo assinado já soma mais de 10 mil assinaturas. 

Na manhã da última quinta-feira, a União dos Estudantes do Brasil (UNE) organizou um tuitaço contra os cortes no orçamento da Educação. Para 2021, o MEC prevê uma redução orçamentária de 18%. Universidades e Institutos Federais terão um corte de R$185 milhões da assistência estudantil, o que deve afetar diretamente os discentes bolsistas do Programa de Educação Tutorial (PET).

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