Os grupos pensarão em medidas junto à Atenção Básica do município de Seropédica
Por Bárbara Amorim
A UFRRJ, que conta com 14 grupos PETs (Programa de Educação Tutorial), ampliará a família petiana, com a chegada de um novo programa, com dois grupos da área da saúde. A coordenadora geral desses dois programas é a professora de Farmácia da Universidade, Jaqueline Rocha. Diferentemente da origem dos outros PETs que são vinculados ao MEC, esses dois novos grupos terão relação direta e são chancelados pelo Ministério da Saúde.
Os novos grupos fazem parte do PET-Saúde/Interprofissionalidade, um programa da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), e se chamam “Educação e Humanização em Saúde” e “Tecnologias de Saúde Aplicadas à Atenção Básica”. A UFRRJ participou e se submeteu ao edital de inscrição em novos programas, no mês de setembro de 2018. Dos 188 projetos inscritos, a Rural ficou entre os 120 escolhidos para participar das atividades previstas para iniciarem a partir da segunda quinzena de novembro.
Segundo o edital de seleção de tutores, o objetivo desse PET, em suas bases programáticas, é desenvolver, a partir de acompanhamento de grupos tutoriais, mudanças curriculares alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), para todos os cursos de graduação na área da saúde, considerando-se estratégias alinhadas aos princípios da interprofissionalidade, interdisciplinaridade e intersetorialidade, como fundamentos da mudança, na lógica da formação dos profissionais e na dinâmica da produção do cuidado em saúde.
Propõe também a qualificação dos processos de integração ensino-serviço-comunidade, de forma articulada entre o Sistema Único de Saúde- SUS e as instituições de ensino, de modo a promover a Educação Interprofissional- EIP e as Práticas Colaborativas em Saúde.
Ainda segundo as propostas previstas para o programa, as ações do PET-Saúde/Interprofissionalidade deverão fomentar a organização das ações de integração ensino-serviço-comunidade no território, com vistas a articular suas ações com a de outros projetos que contribuem para fortalecer mudanças na formação de graduação em consonância com as complexas necessidades em saúde, requeridas para o SUS.
As inscrições para o processo seletivo, destinado à seleção de quatro tutores, sendo duas vagas para cada PET, foi feita nos dias 13, 14 e 16 de novembro de 2018, com docente do quadro da UFRRJ dos cursos de Ciências Biológicas, Farmácia e Psicologia. Também foram selecionados para cada grupo dois preceptores, que são profissionais da saúde atuantes no município.
Desafios pela frente
Apesar da universidade ter o papel de incentivar o aluno a pensar e praticar seus conhecimentos fora da sala de aula, muitos projetos ainda acabam por estabelecer uma relação mais próxima com os seus pares, isto é, pensada de forma endógena. Quanto a isso o PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE promete se destacar, como indica a coordenadora dos grupos: “O trabalho é para ser desenvolvido junto ao município ou Estado. É um trabalho pra ser feito junto à atenção básica do município com os serviços de saúde da atenção básica”, esclarece.
Jaqueline Rocha, coordenadora dos grupos PET Saúde/ Interprofissionalidade.
Além disso, Jaqueline conta da “vontade de afinar a relação do curso de Farmácia com o curso de Biologia, que ficam no mesmo Instituto”. Para o novo grupo, “Educação e Humanização em Saúde”, as selecionadas para o cargo de tutora foram as professoras Emmy Uehara Pires (coordenadora) e Luciene de Fátima Rocinholi. Os preceptores foram Sérgio Alarcon, médico e psiquiatra, e a assistente social Juciara dos Santos. Para o grupo “Tecnologias em Saúde Aplicadas à Atenção Básica”, a tutora será Patrícia Fampa (coordenadora), graduada em Biologia, que dividirá a tutoria com Luiz Henrique Gerreiro, formado em Farmácia. Os preceptores serão o farmacêutico Roberto Leal e a formada em Enfermagem, Aparecida dos Santos Vaz. A seleção de alunos petianos ainda não foi realizada, porém, o edital já está em construção, com previsão de publicação para o fim do período letivo deste ano. Para realizar o trabalho, foram solicitadas 6 bolsas de graduandos para cada um dos 2 grupos, dos três cursos citados.
Para a coordenadora dos grupos, Jaqueline, os novos PETs serão frutíferos para a formação dos alunos, para a formação continuada dos docentes e também dos preceptores, além de aproximar a relação da universidade com o município. Segundo ela, é preciso pensar sempre com foco na população, no intuito de se questionar quais melhorias serão geradas para a Atenção Básica.
